A FAMÍLIA GARRAFA
Arranje cinco garrafas de tamanhos diferentes, preferivelmente de
vidro transparente, procurando aproximar os tipos de garrafas com os membros da
“família”. Leia a estória antes de caracterizar os “personagens”.
1. Papai Garrafa
Arranje uma garrafa de boa altura, fina, em cujo gargalo se
colocará uma moeda ou nota meio enrolada.
2. Mamãe Garrafa
Pode ser bojuda, não muito alta, podendo ter como tampa uma panela
de brinquedo ou qualquer outro objeto doméstico.
3. Florinda Garrafa
Será ideal ser representada por uma garrafa de vidro trabalhado,
não muito alta, sendo colocada no alto uma flor ou um ramalhete de flores.
4. Rosa Garrafinha
De pouca altura e pequeno
diâmetro, lembrando uma “menina”. Como tampa, poderá servir um carretel (ou
retrós) de da linha.
5. Zezé Garrafa Bolão
Deve ser de pouca altura, tendo como “cabeça” uma bola de plástico
ou borracha.
As garrafas devem estar vazias; uma boa quantidade d’água deve
estar à disposição do narrador, que deverá usa-la para encher as garrafas no
momento propício.
Começa-se então, a estória, apresentando-se cada membro da família
Garrafa.
Lição
Aqui está Papai Garrafa, alto, magro, sempre preocupado com os
negócios. Trabalha muito – de manhã à noite – e se preocupa só em ganhar
dinheiro. Os propósitos da sua vida estão resumidos em dinheiro. Podemos vê-lo
ao chegar em casa à noite, cansado e nervoso. Já vem gritando com todos, sem
pensar que mamãe Garrafa e os filhos também tiveram os seus afazeres e
contrariedades. Negócios, dinheiro – dinheiro, negócios – esta é a única
preocupação de papai Garrafa.
Olhemos agora para Mamãe Garrafa. Que vida atarefada! Cuida dos
filhos, cozinha, varre e limpa a casa; não tem o mínimo de sossego durante o
dia; sua maior preocupação é manter tudo na maior ordem e o mais perfeito
possível; e por isso mesmo vive correndo de lá para cá; sua vida é uma
roda-viva entre as coisas materiais.
E aqui está sua filha mais velha – Florinda Garrafa. É mocinha já.
Os seus pensamentos são leves como uma pluma e está sempre com roupas bonitas e
enfeites atraentes. Com isto a sua cabecinha está cheia, não dando lugar a
estudos e coisas mais sérias. Sonha bastante, lê romance, assiste novelas, e
então dá asas a sua imaginação. Não tem senso de responsabilidade; por exemplo,
não sente que Mamãe Garrafa talvez esteja cansada e precisa de alguma ajuda.
Florida não pode estragar o seu penteado, suas unhas, sua “toilette”.
E aqui está Rosa Garrafinha, menina de dez anos. É meiga,
boazinha, estudiosa, alcançando sempre boas notas na escola. Gosta de costurar
para suas “filhas” – as bonecas, e assim vive despreocupada com outros
assuntos. É quieta e procura não atrapalhar os outros, mas pensa só em si,
esquecendo-se que já é grande e pode ser de muito auxílio para o próximo.
Por último vem Zezé Garrafa Bolão. É um menino de sete para oito
anos. É o valentão do lugar. Comanda todos os garotos, e muitas janelas já
foram quebradas por causa da sua mania por futebol. Não tem consideração pelas
coisas de casa, não procura poupara a Mamãe com todo o seu serviço. Geralmente
está com a camisa suja ou rasgada, os sapatos cheios de lama, os cabelos em desalinho.
Toda a vizinhança conhece a família Garrafa tal qual a temos
descrito. Um certo dia, porém, algo aconteceu para que tudo se transformasse.
Uma pequena influiu para que todos os membros da família se tornasse
completamente diferentes. Veja o que aconteceu:
Convidada por uma amiguinha, Rosa Garrafinha foi a uma aula
bíblica. Lá teve a oportunidade de ouvir de Alguém chamado Jesus Cristo. Ouviu
que Ele é o Filho de Deus, deixou Seu lar no Céu e veio aqui à terra para
encher vidas vazias com a Água da Vida. Todos os corações, de crianças e
adultos, são secos e sedentos por causa do pecado. Mas Jesus levou nossos
pecados sobre si na cruz, tomando o castigo que merecíamos. Morreu, mas ao
terceiro dia ressuscitou e está vivo, no Céu. Por isso, Ele agora pode nos
oferecer de graça esta água preciosa. – Rosinha pensou: “É justamente isso que
eu preciso!” Com um coração sincero e humilde voltou-se para Cristo, o Salvador
(vá despejando água na garrafinha), e
sua vida foi transformada... em um instantinho! De vazia, sem vida, Rosa
Garrafinha sentiu a Graça de Deus enchendo a sua alma em toda a sua plenitude.
A costura, seu egoísmo de fazer somente o que lhe agradava – tudo isso
desapareceu; e o Mestre, amigo das crianças, encheu a sua vida.
Rosa Garrafinha voltou correndo para casa.
- Mamãe – disse com o rosto todo iluminado – adivinha só o que
aconteceu comigo!
- Mamãe Garrafa preparava apressadamente o jantar e nem quis
prestar atenção para o que sua filha lhe dizia. Rosa, porém, continuou a seu
lado, contando-lhe com alegria transbordante o que lhe acontecera.
Mamãe sentou-se. Impressionada com o testemunho de Rosinha, ouviu
atentamente todas as experiências que havia tido naquela tarde e, meditando
sobre a sua própria vida, sentiu-se também só, sem alegrias e necessitada de
Alguém que a amparasse e tomasse conta de todo o seu ser. Lembrou-se do tempo
de criança e de como havia aprendido a louva-LO; agora ali estava, arrependida
de ter vivido longe dos caminhos de Deus, sem vida e sem a Água essencial à alma.
Mamãe Garrafa então orou com a filha, ali mesmo na cozinha (coloque água na
mamãe enquanto apresenta). Dali a instantes, era outra a atmosfera daquele lar.
Até as panelas pareciam cantar junto com Mamãe e Rosa Garrafinha.
Esta auxiliou a mãe no preparo do jantar e logo tudo estava
pronto.
Sete horas da noite. Chega Papai Garrafa, cansado e nervoso,
pronto a responder de mau humor a quem lhe dirigir a palavra. Mas... que
diferença! A mesa posta, a cozinha arrumada, Rosa em um vestido limpo e bem
penteada. Mamãe com um rosto alegre e bem arrumada:
- Pronto, papai, aqui estão os seus chinelos e o jornal da tarde –
disse-lhe a menina com um sorriso que o desarmou completamente.
Logo depois chega Florinda Garrafa, no momento em que a família se
dirigia para a sala de jantar. Estranhou o ambiente – a calma, o sorriso nos
lábios de todos – porém nada disse. “Que teria acontecido?” Pensavam papai e
Florinda, muito desconfiados. Já na hora da sobremesa, aparece o Zezé Garrafa
Bolão fazendo barulho, falando alto, mas... ao avistar na sala os pais e irmãs
tão diferentes, ficou desarmado para continuar com sua atitude costumeira. Foi
bem depressa para o quarto, aprontou-se o mais rápido possível e desceu para
jantar.
Acabada a refeição, Papai não agüentou mais de curiosidade e,
juntamente com Florinda e Zezé, procurou saber o que havia sucedido.
Mamãe contou então sua experiência daquela tarde. Rosa narrou
também tudo quanto havia se passado com ela. Papai, Florinda e Zezé prestavam
tanta atenção que pareciam querer engolir as palavras que escutavam. Depois
papai (vá despejando água no Papai) com toda seriedade expôs o desejo que
surgira em seu coração de se voltar para Deus, deixa tudo quanto até aquele
momento havia sido a coisa essencial de sua vida.
Florinda, também, com lágrimas nos olhos reconheceu ter sido
superficial, egoísta, orgulhosa (Despeje água na Florinda). Agora queria ser
diferente pela graça divina.
Zezé Garrafa Bolão ouviu tudo atentamente. Uma tremenda luta se
travava no seu íntimo. Queria deixar Aquele Amigo e Salvador entrar em seu
coração ( derramar devagar um pouco de água em cima da bola), e por outro lado,
outra força procurava persuadi-lo a conservar tudo quanto mais estimava – os
jogos, o futebol, a BOLA.
Papai se rendeu; Cristo saciou sua sede espiritual com Água da
Vida. Florinda, resolvida a abandonar todas as coisas passadas Abriu seu
coração para que o Salvador lhe desse também daquela Água. Por fim, Zezé Garrafa
Bolão, com fé tão simples de uma criança, confessou sua firme decisão (retire a
bola e despeje água em Zezé Bolão) de receber de igual modo a Água da Vida
Eterna.
Cristo entrou naquele lar, e a noite foi memorável para toda a
família Garrafa. Todos juntos se ajoelharam e oraram, e pela graça divina
aquelas vidas foram plenamente cheias da Água cuja “Fonte salta para a Vida
Eterna”.
Esta é apenas uma estória extraída da imaginação de um ser humano,
mas a verdade nela revelada é a de que pelo poder de Cristo Jesus podemos
saciar nossas almas sedentas, porque Ele afirma: “Se alguém tem sede, venha a
mim e beba” (João 7.37b).
Professor:
Aqui faça o apelo, de acordo com a orientação que lhe der o
Espírito Santo, através da Palavra de Deus.